sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Com pênalti aos 48, Grêmio leva virada do Millonarios e é eliminado


Derrota por 3 a 1, em Bogotá, determinou o adeus ao sonho de ser campeão da Sul-Americana


Não adiantou suportar a altitude. Fazer um gol no começo do jogo. E contar com a má pontaria dos atacantes rivais. Ao sofrer um gol aos 48 minutos do segundo tempo, em pênalti duvidoso, o Grêmio perdeu para o Millonarios, na noite desta quinta-feira, em Bogotá, e deu adeus ao sonho de ser campeão da Sul-Americana. Caiu no jogo por 3 a 1 e da competição, nas quartas de final.
           Werley comemora primeiro gol do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
O resultado foi suficiente para o time local, que havia perdido por 1 a 0, no último 30 de outubro, em Porto Alegre. Agora, o rival será o Tigre, da Argentina. Ao Grêmio resta o Brasileirão.
Os dois times, agora, se voltam aos campeonatos nacionais. Domingo, às 19h30m, o Grêmio desafia a Portuguesa em São Paulo. Mesmo dia em que o Millonarios irá visitar o Junior, de Barranquilla.

Grêmio parecia estar em casa
Não ter a confiança de que o placar do Olímpico era possível ser revertido. Não adiantou contar com a altitude de 2,6 mil metros. Não adiantou lotar o estádio. Não adiantou ter uma pressão capaz de fazer o solo tremer. A verdade é que o Millonarios foi dominado pelo Grêmio.
Desde o começo do jogo, os comandados de Luxa atuaram com tal naturalidade que pareciam estar em casa. Nem mesmo a opção de deixar Elano e Kleber e a ideia de rechear o meio com Léo Gago e Marco Antonio com apenas Marcelo Moreno no ataque – formação da vitória sobre o São Paulo, domingo, pelo Brasileirão – atrapalhou. Aliás, foi a medida certa de manter a posse de bola, evitar desgaste desnecessário e criar oportunidades de gol.
Léo Gago, com dois chutes em quatro minutos, deu o tom da proposta tricolor. Marco Antonio quase marcou ao chutar da entrada da área por cima. Então, o gol saiu. Léo Gago bateu falta, o goleiro Delgado não segurou, Moreno dividiu com o zagueiro e a bola se ofereceu a Werley. O zagueiro só completou: 1 a 0, aos 12 minutos. Foi nono gol dele na temporada. O Grêmio continuou melhor e ainda reclamou de dois pênaltis, um sofrido por Zé Roberto e outro ao a bola bater na mão de Toores.
Só aos 20 o time local começou a jogar. Conseguiu equilibrar a posse de bola e passou a explorar as costas de Anderson Pico. Pela direita, as melhores chances foram criadas. Werley salvou em cima da linha chute de Rentería. Cosme e Otálvaro ainda levariam perigo ao gol de Marcelo Grohe.
A dificuldade fez surgir dois destaques. Enquanto Gilberto Silva era sobrenano ao afastar os cruzamentos de cabeça, Zé Roberto organizava o time em campo. Não fosse isso a superioridade rival seria transformada em gol.
Pressão, pressão e eliminação
Embora com o fim de primeiro tempo inferior, Luxa manteve o time. O que mudou foi a postura. Com o fôlego renovado, os jogadores conseguiram adiantar a marcação. E retomaram o controle da partida.
Marco Antonio quase fez o segundo, aos seis, após cruzamento de Moreno. Se esticou todo, mas não foi suficiente para completar ao gol. Porém, o lance foi ilusório. O Grêmio perdeu força ofensiva e passou a ser pressionado a todo momento.
Com envolvente troca de passes e dribles curtos, o Millonarios passou a ser inquilino da área de Grohe. Cosme errou gol livre. Renteria acertou a trave. E... Cosme, enfim, fez o gol. Aos 15 minutos, após passe de Tancredi e corta-luz de Rentería, o atacante tocou na saída de do arqueiro tricolor: 1 a 1.
Luxa não demoru a agir. Apostou em Elano para segurar a bola. Deu certo. O Grêmio passou a respirar mais. O problema era a retenção de bola. Então, nova troca: Kleber entrou na vaga de Moreno. E? Não durou quatro minutos. O Gladiador voltou a sentir a lesão no tornozelo esquerdo e precisou sair após após apenas sofrer uma falta e trocar passes com Elano. Chance para André Lima.
O Guerreiro Imortal sofreu com uma espécie de 'zica'. Em dividida com Ramirez, o centroavante teve o supercilho esquerdo ferido. Sangrou o precisou de atendimento fora de campo. E, com um homem a menos, veio o castigo. Aos 35, Rentería aparou cruzamento da esquerda e, de cabeça, fez o segundo e deu esperança ao estádio lotado.
A partida ganhou ares de dramaticidade. Os gremistas tiveram de suar muito para resistir. E quando pareciam que iriam conseguir, o juiz deu pênalti de Werley em Henriquez. Aos 45 minutos. Rentería cobrou e decretouo 3 a 1. Aos 48 minutos. O Grêmio perdeu o jogo e a classificação.
  
Após o apito final, houve confusão. Os jogadores do Grêmio pressionaram o árbitro Carlos Vera. Saimon era o mais exaltado. Um dos auxiliares caiu no chão atingido. Os ânimos foram controlados com a entrada da polícia em campo.



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